17 de setembro de 2014

Resenha: O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss



A Crônica do Matador do Rei #1 (Primeiro dia)
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro
Páginas: 656
Gênero: Fantasia épica
Nota: +
Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

 Mas que livro difícil de resenhar! Estou com a opinião dividida sobre muitas coisas nesse livro, e não sei se vou conseguir expressar tudo que esse livro nos passa.

 Como dito na sinopse, o livro é basicamente o Kote (Kvothe) contando sua história, que por sinal eu fiquei muito curioso, e ainda estou, já que ele exigiu do cronista três dias pra contar sua história e nesse primeiro livro temos somente o primeiro dia. Posso dizer que antes mesmo do Kvothe começar a contar a história eu já estava adorando.

 A narrativa é simplesmente ótima, como a maior parte é ele contando a história, acaba o livro quase todo sendo em primeira pessoa, mas temos pausas durante o livro. Tudo é muito dinâmico, conforme fui lendo o livro mais curioso fiquei, a agora estou ansioso pra começar a leitura do próximo volume.

 Alguns dos personagens se tornaram meus favoritos, sério. O Kvothe é incrível, ele não é a bondade em pessoa, tudo que ele faz é porque ele quer alcançar um objetivo. Uma vingança. Algo que me chamou a atenção é como o autor constrói os personagens femininos, não são "mocinhas", ai não tem como explicar, são ótimas, tudo aqui é feito de maneira muito inteligente.

 Posso dizer que pelo menos pra mim esse não foi o tipo de livro que eu peguei li e fechei, como grande parte dos YA (não que uma leitura fácil e leve seja sinônimo de uma leitura ruim). O Kvothe tem um ponto de vista muito diferente pra algumas coisas, ele as vezes descreve algo ou alguém de forma poética, ou diz coisas que me deixaram refletindo. Por isso dividi esse livro em duas partes. Então, acho também que se eu tivesse o lido a um ano atrás, talvez não tivesse gostado tanto, pois minha experiencia com a leitura não era tanta, então não recomendaria pra alguém que esta começando a ler.

 Também fiquei em dúvida sobre que nota dar pra esse livro. Eu tirei um estrela dele, porque teve um período aí (de 100 à 150 paginas) que eu achei meio que enrolação. Tem informações e coisas acontecendo, claro, mas podia ter sido feito de maneira menos cansativa. Mas é uma parte pequena dele que não é tão boa, então ele entrou pros meus favoritos mesmo recebendo quatro estrelas. 

 O próximo livro é o maior que eu tenho na estante (960 páginas) e provavelmente eu não vou lê-lo de uma vez, e menos provável ainda que eu o termine esse ano.

 Agora a edição, que me deixou decepcionado. Eu esperava muito mais de um livro com um preço tão salgado (variando de 30,00 à 50,00 reais). Eu posso dizer que tive muita sorte de comprar os dois volumes por apenas 33,00 reais no submarino. O espaço que se utiliza no início dos capítulos é bem menor que o normal e o tamanho da fonte também não é lá essas coisas.


Desculpem pela má qualidade dessa foto, tirei e a luz já estava pouca.


Achei esse mapa bem legal, é o que dizem, livro que tem mapa é livro bom.

 Post feito por: Mello

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